quero quero quero

Da intensidade de Frida

da intensidade de Frida

 

sim, quero mais, muito mais,
e daí?

por isso me movo, rosno, mordo
– antes a ferida aberta que o ser estagnado

por isso canto e ouço

não tenho metas, retas
somente ideais, curvas e setas

não quero me embalar em papel celofane
– me cansam as exigências do mundo
(por onde passo distraída enquanto observam vitrines)

eu quero a sorte de um amor tranquilo
com sabor de pera mordida

quero olhares entregues e mãos abertas
sonos pesados e passos leves

quero a terra livre e o diálogo franco

quero

quero

quero

 

Michele Torinelli, junho de 2010

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