Eu já nasci no exílio.
Desterritorializada, deshistorializada,
sem comunidade, sem língua da terra,
sem rito, quase sem raiz.
Mas a raiz é tinhosa. Segue ali.
Aqui.
E talvez seja
isso que faça
que toda terra
qualquer terra
qualquer paisagem
seja
um pouco
minha mãe.
[Mas principalmente nesse
grande continente
de sangue vital
onde a vida
pulsa.]