Encuentro Nacional de Mujeres – México 2018

 

Tive a honra de participar do Encuentro Nacional de Mujeres em julho passado no México.

Mulheres dos pueblos, das cidades, das artes, da academia, das coletivas, das comunidades, viajeras, da vida. Andei lendo por aqui um texto que falava que se seu círculo de mulheres só conta com mulheres de determinada cor e classe social, brancas e de classe média pra cima, seria hora de (re)pensar o propósito de reunir mulheres. E senti que eu queria estar ali, num evento gratuito, que se organiza porque pessoas acreditam que ele precisa acontecer, que reune mulheres da cidade e do campo, jovens e velhas, cis e trans, que falam diferentes idiomas, que tem diferentes crenças. Mulheres pela vida e, por isso, contra o patriarcado.

Faz algum tempo que eu fotografo lutas sociais, e ver o padrao da expressao das pessoas durante os eventos foi um dos fatores que me levaram a repensar o ativismo social e questionar seu sentido. Cara sérias, enfadadas. Tensas, cansadas.

E aí eu olho a expressao facial e corporal nos eventos de mulheres que tenho participado, especialmente aqui no México. As pessoas tem vida. Vibram. Sua palavra tem coraçao, seu discurso é calcado na prática. Diferentes entre iguais, guerreiras, companheiras que curam umas às outras, e usam o corpo, e cantam e dançam. Que se organizam e reverenciam à Madre Tierra, ao Grande Espírito.

É nesse lugar que me sinto parte, nesse lugar entre hermanas que cada vez mais estou e quero estar.

 

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